Confira 12 dicas de profissionais como terapeutas, psicólogos e psicopedagogos que vão lhe ajudar a resolver essas situações.
Você se inclui no grupo de pais que não sabem o que fazer quando seu filho faz uma birra, principalmente em público? Saiba que a solução não envolve gritos, puxões de orelha ou palmadas, mas exige firmeza e autoridade.
Confira 12 dicas de profissionais como terapeutas, psicólogos e psicopedagogos que vão lhe ajudar a resolver essas situações.
1. Não perca o controle: seja firme, mas também acolhedor
Assim que a criança começa a fazer uma cena dramática no shopping ou no parque, é melhor segurar as rédeas da situação do que entrar no mesmo clima. Pode ser que você esteja ficando muito irritado, mas segundo o psicólogo e terapeuta familiar João David Cavallazzi Mendonça, pais que perdem o controle podem assustar ainda mais a criança e tornar a birra ainda pior.
Portanto, procure ser firme, não altere seu tom de voz, fale com a criança sempre olhando nos olhos e na altura dela. Explique que essas atitudes não irão ajudá-la em nada, e ao perceber que a criança está prestando atenção demostre acolhimento: Segure-a no colo e explique o porquê da negatividade.
2. Não ceda aos apelos da criança e mantenha a palavra
Por culpa ou falta de paciência, às vezes os pais acabam cedendo aos pedidos dos filhos e deixam a birra passar como se não fosse nada. Esse é um erro fatal já que a criança pode ficar cada vez mais autoritária, pois percebe uma maneira de sempre conseguir o que quer. Segundo a psicóloga e psicoterapeuta familiar Ana Gabriela Andriani, as crianças precisam entender que nem sempre terão o que desejam e quando desejam, e que mesmo insistindo, naquele momento sua ação não será aceita.
3. Dê exemplos: sair batendo porta dentro de casa não é um deles
Os pais devem ser bons modelos para seus filhos e esta premissa vale também para momentos de raiva em que o adulto resolve fazer a própria “birra” batendo uma porta em casa após um momento de estresse, por exemplo. Às vezes a criança está apenas repetindo o comportamento da mãe.
4. Não dê atenção à birra
O correto não é atender a birra do filho, pois o sucesso de uma birra alimenta a próxima. As crianças precisam passar pelo estresse de perder a segurança na hora da birra. Se ela se sente insegura, muda. A criança fica preocupada se os pais a deixam nessa circunstância.
5. Dê castigos proporcionais (e não se sinta culpado depois)
As crianças devem entender que seus atos têm consequências. Os pais devem calcular adequadamente o tempo de punição. Para uma criança de dois anos, um castigo de dez minutos é o recomendado, um minuto por ano de idade é uma boa medida.
6. Não meça forças com a criança e seja flexível de vez em quando
Os pais devem ser firmes e mostrar quem coloca as regras no dia a dia. Mas isso não significa incorrer no autoritarismo. O ‘não pode’ deve ser usado para o que realmente é importante. Se a criança começa a desarrumar a sala logo após uma arrumação, os pais não precisam proibi-la, mas podem deixar claro que ela terá que arrumar tudo depois. Algumas coisas podem e devem ser negociadas com a criança.
7. Explique o que ela está sentindo e veja o que está acontecendo.
Dar nome ao que a criança está passando pode ajudá-la a se controlar. Assegurá-la de que ela está sendo, de alguma forma, compreendida, é importante. Por isso, o adulto deve sentar com ela e explicar que sabe como ela se sente, mas agora não é possível ter o que ela quer, pela razão que for. Às vezes, a criança pode mudar de comportamento por uma razão não aparente, como o nascimento de um irmão mais novo ou a volta da mãe ao trabalho.
8. Distraia a criança
Em certas situações chamar a atenção da criança para outra coisa pode ser a melhor saída para a birra. Especialmente quando esse comportamento alterar em locais públicos. Fazê-la rir ou distraí-la com outro atrativo costuma ser efetivo e a criança pode esquecer a razão do escândalo que estava fazendo minutos atrás.
9. Compare a atitude dela com a das pessoas ao redor
Comparar a criança com as outras pessoas no local e mostrar que ninguém mais está chorando, só ela. Essa ação é interessante, já que a criança geralmente só consegue enxergar a si mesma e você pode ajudá-la a fazer ver o mundo.
10. Não insista em conversar na hora da raiva
Assim como muitos adultos, a criança não irá ouvir o que os pais estão dizendo no calor de um ataque de birra. Nesta hora ela está focada na frustração, não está ouvindo. Por isso, o melhor pode ser ignorar a atitude dela e conversar mais tarde, quando ela estiver mais calma, sobre o ocorrido. Neste período, os pais podem aproveitar para pensar na atitude que irão tomar.
11. Valorize e qualifique a criança sempre que possível
Reforçar positivamente o bom comportamento infantil depois de um ataque de birra ajuda a prevenir novos episódios. Se um dia a criança fez uma birra grandiosa no parque, ao voltar ao mesmo lugar, o pai pode lembrar que confia nela para a história vivida no passado não voltar a acontecer.
12. Tome medidas preventivas
Sentir fome e sono sem poder suprir as necessidades são sensações capazes de deixar qualquer um irritado, o que pode facilmente ser transformado em birra. Os pais devem identificar o que pode ser evitado. Se sabem que a criança costuma dormir às nove horas da noite, não é ideal sair para jantar neste horário, por exemplo.